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Entenda a luta dos alunos da Escola D’Alkimin quase vendida no governo Covas

Foto do escritor: Anhembi DigitalAnhembi Digital

Atualizado: 11 de out. de 2022

Prefeitura de São Paulo pretendida vender colégio público ao lado da Anhembi, na Vila Olímpia



Em meados de outubro de 2019, a Escola Municipal de Ensino Fundamental Professora Maria Antonieta D’Alkimin Bastos foi palco de uma tentativa de venda de terreno pelo Projeto de Lei nº 611/2018, parte do Plano Municipal de Desestatização assinado pelo Executivo da gestão do ex-prefeito Bruno Covas (PSDB). O PL autorizava a venda de outros 40 terrenos municipais à iniciativa privada. Covas chegou a sancioná-lo, indignando alunos, pais e professores, que se mobilizaram e protestaram contra a venda da escola, contando inclusive com o apoio de vereadores da Câmara Municipal de São Paulo.


Localizada na Vila Olímpia, a escola é a única unidade municipal dentro de um dos bairros mais nobres de São Paulo. Grande parte dos 524 alunos são filhos dos trabalhadores da região, que moram longe do bairro e não tem com quem deixá-los fora do horário escolar. Após pressão, em janeiro de 2020, foi sancionado um projeto de lei que incluía a revogação da autorização para o governo Covas vender terrenos de escolas.


Celso Giannazi (PSOL), na época, vereador, foi o autor da emenda que impedia a venda das escolas e também apresentou o PL 753/19, que revogou a entrega de todos os 41 imóveis à iniciativa privada. “Foi uma grande vitória de uma grande aberração que foi feita”.


Atualmente eleito para o cargo de deputado estadual a partir de 2023, Giannazi relata que, no dia da votação do projeto do ex-prefeito Bruno Covas, todos os vereadores tiveram apenas 40 minutos antes da eleição para ver a lista dos imóveis que faziam parte do projeto. Como o político e professor não sabia o que estava naqueles terrenos, decidiu votar contra o PL 611/2018 e visitou cada local para saber o que funcionava na lista dos imóveis selecionados. “Nós ficamos perplexos. Tínhamos vários lugares públicos, casa de cultura, ecoponto. Tínhamos também três escolas municipais que estavam sendo vendidas”, relata.


Para reverter a situação, Giannazi decidiu mobilizar os alunos das três unidades de ensino, incluindo a turma da Escola D’Alkimin, levando todos para a porta da Prefeitura de São Paulo, como forma de protesto contra a venda das escolas municipais. “Ficamos ainda mais perplexos quando descobrimos que essas escolas têm projetos políticos pedagógicos premiados na cidade”.


Após muitas manifestações e o apoio da sociedade com a ajuda da imprensa, o projeto de lei do deputado que revogavou a venda das escolas foi aprovado e as escolas não foram vendidas.

“A função principal de um vereador é de fiscalizar os atos do executivo e coube a mim fazer essa fiscalização dos imóveis que estavam sendo vendidos”, finaliza Gianazzi ao apontar o resultado positivo da luta contra venda de escolas públicas de grande relevância para população mais humilde da capital paulista.


Texto de Julia Stoever e Ralph Leles (6 de Jornalismo)

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